segunda-feira, 30 de março de 2009

Voltando

Esse final de semana, pela primeira vez desde que Mateo voltou prá casa, aluguei filmes para mim. Vi algumas coisas enquanto ele esteve fora, mas aí teve aquele momento em que ficar em casa sem ele era triste demais, então deixei de lado nosso querido DVD. Agora estamos de volta! Mateo e eu. Eu e Mateo.


Pois bem, além de horas seguidas de Power Rangers SPD, o final de semana teve:

- Minha Quase Verdadeira História
Nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial, em 1944, Adolph Hitler (Helge Schneider), já derrotado, tenta superar a depressão, enquanto seus generais preparam um complô para tirá-lo do poder e dominar a Alemanha.

Comédia um tanto alouprada sobre ninguém menos que Adolf Hitler. É um pouco desconfortável dar risadas de um tipo como esse e deve ter sido ainda mais estranho fazer esse filme. O personagem judeu diz no final alguma coisa sobre a necessidade que temos de representar tantas vezes e de diversas maneiras aquilo que apenas não conseguimos compreender.


- Fatal (Elegy, Isabel Coixet)

David Kepesh (Kingsley) é um crítico cultural de TV e astro literário de uma faculdade de Nova York. Sua vida era tranqüila até ele conhecer uma jovem estudante, de 24 anos, chamada Consuela Castillo (Penélope Cruz), que desperta nele uma obsessão sexual. David torna-se obcecado pela beleza de Consuela e tomado por um ciúme doentio. Com uma ternura, graça irônica e intensidade erótica, Fatal explora o poder que a beleza tem em cegar, revelar e transformar as pessoas.

Mais um caso de tradução infeliz de título. O filme é mesmo uma elegia sobre o amor, segundo uma amiga que viu o filme. Ela ficou bastante mexida. Acho que eu nem tanto, mas me pertubou a idéia de que podemos querer tanto alguém sem nunca de fato olhar para dentro dessa pessoa. Ao ponto até de não perceber que ela quer a gente com igual intensidade de tão preocupados que ficamos em possuir e em não ser abandonados. Uma idéia inspiradora que aparece lá pelo final: "O tempo passa quando você não está olhando."

domingo, 29 de março de 2009

Como é gostoso o meu francês

Garotas, estou apaixonada!
Rapazes, sugiro que parem por aqui. Sei que a curiosidade é grande, mas pode ser demais para vocês. As mamães não vivem só de fofurices de seus pimpolhos. Há coisas que são de extrema necessidade no cotidiano de uma mulher. Ainda mais quando se trata de uma working-single-mom.
Foi uma amiga minha quem me apresentou. A hospedei por quase dois meses nessas férias de verão sem o filhote. É impressionante como algumas mulheres, al-gu-mas - sem generalizar que isso não pega bem e tampouco seria verdade - rapidamente se tornam íntimas umas das outras. E mais que íntimas, podem ser generosas ao ponto de compartilhar seus achados mais interessantes.
Pois bem, pessoa fantástica, essa nova amiga uma noite apareceu com ele. Fiquei curiosa, apesar de até então não dar bola prá tipos como esses. Pior, não levava fé que funcionavam! Me pareciam sempre gringos demais. Barulhentos demais. Também achava que eu não tinha jeito para lidar com eles. Ficava com medo de doer, confesso.
Ela me animou muito. Estava certa de que eu apreciaria aquela belezinha também. Com o mínimo de instruções que ela me deu, mais sobre a velocidade mesmo, eu experimentei. E adorei. Dessa primeira vez foi relativamente rápido, mas o resultado me agradou muito. Ela, vendo que eu estava entusiasmada, me disse que poderia pegar emprestado de novo sem problemas. Num dia em que eu estava sozinha em casa, acabou acontecendo. Com mais tempo, sabe como é, caprichei mais. Gamei. Ela tornou a me emprestar, sem o menor grilo, até o último dia que ficou em casa.
Decidida a não abandonar minha descoberta, resolvi investir. Valeu super a pena. Já faz quase um mês. Todo meu. Uso sempre que preciso e peguei tanto o jeito, que às vezes num tempinho entre o banho e o vestir, consigo resolver meu problema. Tão prático. E limpinho, viu?
Hoje uma outra amiga querida veio em casa almoçar e socializei com ela. Mostrei e deixei provar. Dei maior força prá ela descolar um também. Ela me pareceu inclinada.
Agora de noite, fiquei pensando: "Porque não contar prá todas?". O que é bom a gente tem que dividir! Só um conselho antes: não se deixem impressionar pela nacionalidade ou aparência. O melhor mesmo é experimentar o de uma amiga antes. Prá quem quiser conhecer o meu, voilà! ;)

Prá chamar de meu

Para quem pensou em toys, ao ler o post anterior, fique sabendo que eu quero mesmo é um namorado. Mas não um qualquer. Quero um que seja um bonequinho de tão querido comigo, mas ao mesmo tempo homem à moda antiga. Ando pensando num assim... tipo Falcon.
Quem tem mais de 30 e alguns, sabe o que é. Ou melhor, sabe quem é Falcon.
Quero um daqueles que tem olhos que se movem de um lado prá outro. Olhos de águia, que me acompanhem prá lá e prá cá. Que estejam interessados nos meus movimentos mais banais, e estabanados, e saibam perceber os mais delicados. Um cara que entenda o que pode significar para uma mulher escutar "Can't Take My Eyes Off You" juntinhos, quietinhos.
Sei que não sou nenhuma Suzy, mas se como nosso querido Falcon o moço tiver disposição para matar tubarão, melhor ainda. ;)


quinta-feira, 26 de março de 2009

Amigos de 4 e de 35.


A primeira vez que me dei conta de que Mateo tinha amigos e era amigo, prá valer, foi na noite do ano-novo. Estávamos com duas famílias da escola lá na Praia do Flamengo, pegando carona na queima de fogos de Niterói. Artifícios que sobem, estrelas coloridas que descem, e as crianças Gabriela e Pedro se metem na água. Aquela água suja, escura da noite, mas enfeitada de flores e promessas.
Meu menino, que até então resistia muito ao mar, hesita só uns minutinhos. Depois, água e palmas são despachadas para o ar a seis mãos. Mergulhos na areia e risadas. Aquela confiança de que nada de mal pode acontecer se estamos com nossos amigos. Aquela coragem de fazer, como eles, aquelas coisas. Qualquer coisa.
Ver o Mateo viver os seus amigos me faz pensar nos meus amigos. Superamigos que me cuidam como se eu fosse uma flor de sal e me fazem acreditar que existem nas estrelas promessas para mim, ainda não cumpridas. Gente de quem recebo e para quem dou confianças e coragens. Mesmo quando a água está muito suja e a noite, mais que escura, é sem fim.
Para Erika, Glauber e Theo que vem chegando

domingo, 22 de março de 2009

Nosso querido DVD

Das muitas afinidades que temos, entre as genéticas e as que nascem da convivência, Mateo e eu compartilhamos um imenso amor pelo nosso DVD. Durante o dia, o guri domina o aparelho, vendo sem parar seus favoritos, que no momento são: Os Incríveis e uma coletânea do Pica-Pau, recém-adquirida. Ele quase não vê televisão aberta, só um pouco de desenho ou Chaves. Não temos cabo. Meio por economia, meio por uma resistência minha à quantidade de propaganda que vejo nos canais infantis. Assim, o DVD reina absoluto.

Nos finais de semana, principalmente, tenho que segurar a onda do pequeno, que já acorda pensando no que vai ver. É todo um processo de negociação para sair, ver a rua e curtir outras coisas. Quando rola programa com os amigos da escola (ah, esses queridos amigos... renderão um post em breve!) é fácil. Deixa até a história no meio. Mas quando não tem amigo dele na proposta, ele sempre tenta fazer o filme vir antes de tudo. E eu finco pé.

Já na rua, o "ver meu filme" vai sumindo. Passamos bonito, sozinhos ou com outras pessoas, ele se diverte e relaxa. Determinada hora, pergunta: "Que tal irmos prá casa e eu ver meu filme?". Acho engraçado e compreendo. Ah, se compreendo! Lá pelas nove e tal, é a minha vez: "Que tal você ir prá cama e eu ver o MEU filme?"