segunda-feira, 30 de novembro de 2009

reality vida

comunicadora de ONG, 35 anos, mãe de um filho de cinco anos, solteira namorando, moradora da Zona Sul carioca e meio dura tenta desesperadamente comprar um ar-condicionado, novo, de 7.500 BTUs, 110v e preço de até 800 reais. ela visita o Buscapé, fuça sites de lojas grandes, considera até mudar de marca (nem tudo na vida a gente consegue colocar na Consul ou é uma Brastemp...) e não consegue. não tem o aparelho que ela quer no mercado.
### nossa transmissão foi interrompida pela descoberta de um M e um rabisco feitos com canetinha preta no sofá. mãe bota filho para dormir sozinho como castigo, ele faz o maior show e ela perde completamente o tesão de escrever. a temperatura no Rio deve passar dos 35 ºC no Rio e amanhã ela quer acordar às seis para malhar. ###

sábado, 28 de novembro de 2009

tem dias

nos quais só o cinema me salva. e quando não dá prá ir até lá, para comungar no escuro com outras pessoas o que quer que seja - milagres, mediocridades ou nada - eu recorro ao DVD.


terça-feira, 24 de novembro de 2009

Últimos filmes

Já que estamos aqui, né? Post rápido sobre os últimos filmes. Ou pelos menos os que eu me lembro.
No cinema:
"Coco Antes de Chanel" - cheguei com seis minutos de filmes começado, mas acho que não perdi nada importante. Tristinho e simpático ao mesmo tempo. Gosto da Audrey Tatou, mas a Mademoiselle Chanel dela e nem próprio filme chegam aos pés do Piaf com/da Marion Cotillard. Não consigo não comparar.

"Bastardos Inglórios" - morri de rir com o tenente caipira Aldo Reine do Brad Pitt na cena do saguão do cinema, mas fechei os olhos nas cenas com objetos perfuro-cortantes. Foi-se o tempo que assistia rindo a filmes como "O Albergue" do Eli Roth, que está também no elenco. Gostei muito do filme. Os exageros, o sarro que tiram dos nazis e tudo o mais, me fez lembrar do "Minha Quase Verdadeira História", cujo final e as entrevistas nos créditos dizem tudo.

Em DVD:
"Segurando as Pontas" - filme de maconheiros para maconheiros e não maconheiros darem risada. E eu dei.


"A Partida" - eu achei lindo de viver! Não resisto a dar uma de Hebe para resumir o filme que mostra um cara que se encontra na vida enquanto limpa, veste e maquia cadáveres. Bacana também ver o tratamento que outra cultura dá à morte. Bateu uma tristeza lá pelas tantas, é claro. Acabei lembrando do meu pai... Mas como do veneno se faz o antídoto, esse filme também me deixou com aquela sensação de alma lavada no final. Já aconteceu antes com outros filmes que despertaram outras lembranças que guardo dele. Gosto de pensar que é o jeito que ele encontra prá me mandar recados. Nosso último filme juntos? "O Pianista". Um dia, ainda escrevo sobre todos os nossos filmes.

Mateo aos 5

Mateo aos cinco anos aprendeu a cantar "mariana conta..."
Fala "bibélula", "ainda bom" e "picsa".
Exagerado de pai e mãe, lança mão de clichês como "hoje é pior dia da minha vida" e "todos me odeiam".
Com ares de futuro poliglota, quer saber como se diz isso e aquilo em inglês ou francês, fala espanhol quando quer e declara que ainda não sabe chinês.
Eventualmente um troglodita, chuta seus brinquedos, mas por curiosidade também dá com eles nos chão.
Respondão, quase sempre quer bater boca como se ao invés de 5 anos tivesse deles uma porção.

Mateo aos cinco tem amigos que parecem ser de toda e para toda vida.
Quer um cachorro como animal de estimação e entende de dinossauros.
Diz que é irmão do saci e tem ciúmes da mamãe.
Com o papai conversa pelo telefone e pela internet, mas gosta mesmo é quando ele lhe come a barriga em carne e osso.
É valente como o Ben 10 que adora, fofo como os bichinhos de pelúcia que carrega e quer bem aos lobos que não sejam do mal, como é o caso do guará.

Mateo aos cinco, come pizza às terças e empaca na porta do sushi quando está com muita vontade.
Sabe escrever seu nome, espelha letras e números, copia bem as palavras e já tem o seu querido diário.
Continua vendo o mesmo filme dezenas de vezes seguidas sem cansar e disse que nunca, nunca vai se casar ou namorar.
Quanto a essa promessa, ai que vontade de gravar!

Pós-sumiço

Não quero dizer que vá voltar a escrever com força total. É melhor surpreender do que frustrar. Mas a intenção e alguma inspiração, se não for muita pretensão, estão aqui.
Na verdade, houve idéias em trânsito, no ponto de ônibus pela amanhã e nos aeroportos. Alguns rascunhos foram iniciados, mas nunca retomados. Menos um. Esse aí de cima, sobre os cinco anos do Mateo.
No mais, veremos.