quinta-feira, 26 de março de 2009

Amigos de 4 e de 35.


A primeira vez que me dei conta de que Mateo tinha amigos e era amigo, prá valer, foi na noite do ano-novo. Estávamos com duas famílias da escola lá na Praia do Flamengo, pegando carona na queima de fogos de Niterói. Artifícios que sobem, estrelas coloridas que descem, e as crianças Gabriela e Pedro se metem na água. Aquela água suja, escura da noite, mas enfeitada de flores e promessas.
Meu menino, que até então resistia muito ao mar, hesita só uns minutinhos. Depois, água e palmas são despachadas para o ar a seis mãos. Mergulhos na areia e risadas. Aquela confiança de que nada de mal pode acontecer se estamos com nossos amigos. Aquela coragem de fazer, como eles, aquelas coisas. Qualquer coisa.
Ver o Mateo viver os seus amigos me faz pensar nos meus amigos. Superamigos que me cuidam como se eu fosse uma flor de sal e me fazem acreditar que existem nas estrelas promessas para mim, ainda não cumpridas. Gente de quem recebo e para quem dou confianças e coragens. Mesmo quando a água está muito suja e a noite, mais que escura, é sem fim.
Para Erika, Glauber e Theo que vem chegando

2 comentários:

  1. eita filme bonito esse! bjs! thadeu

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  2. Que linda homenagem, amiga querida! Amamos! Até o Theo deu sinal de que gostou do carinho. Beijo grande e obrigada! Erika, Glauber y Theo.

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